Aparece um convite para uma cerimônia, um advogado de sucesso, com o destaque… um anúncio de que todos devem comparecer de terno. Normalmente evito esse tipo de ocasião, mas às vezes não dá para evitar, então simplesmente tenho que encarar. Ando por aqui sozinha com esse pensamento, olhando ao redor, exceto por Filo, o cachorro. Me pergunto por que as mulheres acham isso tão bonito? Tem sido assunto de conversa a semana toda. Aí finalmente posso usar minha bolsa, que comprei anos atrás (em promoção), mas nunca usei.
Esta é uma bolsa muito pequena, onde na verdade só cabem o telefone e a carteira. Costumo comparar este tipo de bolsa com um buraco negro, onde entra tudo e não sai mais nada. Só que esta é de um tipo menor. Devido a este fenômeno natural, todos os vestidos são retirados da seleção, e um acaba por ser adequado e também combina muito bem com a bolsa. Um dia é reservado para os sapatos. Finalmente, no último dia, tudo combina com a bolsa. Agora é a minha vez. Minha escolha é pequena, posso escolher entre duas coisas, meu terno de casamento ou nada, minha escolha é a última, mas essa opção não está na agenda. O laço combinando combina com a bolsa, agora com o terno. Durante a prova, percebemos que, com o passar do tempo, as calças ficaram um pouco pequenas, o fecho é muito curto de um lado. O pânico percorre a casa, com a decisão, sobre a perspectiva de uma dieta seletiva fixa. O tempo está se esgotando. Faltam duas horas para a cerimônia. Até que um plano engenhoso surge na esquina, "alugamos um terno", a cerimônia com a bolsa está salva. Esta loja não ficava longe, e depois de muitas provas, você se sente como uma boneca em movimento, ali estava um terno. O show pode continuar. Tento argumentar que um dono de casa não deveria usar terno, como uma ovelha em um vestido de noiva. Essa opinião não foi compartilhada. Lá está você, no portão do Valhalla das mulheres.
Um pequeno ponto no horizonte, a comida e as bebidas são gratuitas. Os garçons (meu it stissel an de earen ta) garantem que seu copo não fique vazio. Muitas pessoas não estão acostumadas com isso, então, depois de meia hora, o caos se instala. Elas começam a comer até ficarem duras nas cadeiras e ficam vesgas por causa das bebidas. Para muitos, o protocolo que acompanha o terno (e os vestidos justos) é confundido com a síndrome do carnaval.
Depois da cerimônia, com toda a confusão em torno dela, nós vamos embora. Finalmente, tiramos aquele terno. Com a esperança de que tudo desapareça naquela bolsa e nunca mais saia.